Sindicalistas pedem posto do MTE em Limeira para Ministro do Trabalho
Sobre o Ministério do Trabalho, Marinho deu ênfase ao concurso público previsto para este ano – com 900 vagas para Auditor-Fiscal do Trabalho –, e discorreu sobre a necessidade do fortalecimento da fiscalização. Relatou as ações desenvolvidas nestes sete meses de gestão: as tratativas sobre os trabalhadores de aplicativos e os acordos de cooperação contra o trabalho escravo – entre os produtores de café do Espírito Santo e do vinho gaúcho. Ressaltou a intensificação das Mesas de Mediação, no sentido de reduzir os atritos da negociação coletiva, que já vem sendo estimulado em cada uma das gerências.
“Reconstruir o Ministério é preciso, pois o que vimos nestes anos foi a explosão do trabalho escravo. As empresas precisam ser cobradas, inclusive porque são responsáveis por rastrear a cadeia de produção, identificando o problema”, concluiu.
Sindicatos ligados à USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) estiveram em Piracicaba para um encontro do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho e entidades sindicais da região. Durante o evento, a União Sindical entregou um ofício, solicitando a reestruturação das gerências e agências regionais, “visando a melhoria dos serviços prestados”.
“O pleito faz sentido numa situação como, por exemplo, a de Limeira – cidade de quase 300 mil habitantes sem atendimento presencial do Ministério do Trabalho”, apontou o presidente da USTL, Artur Bueno Júnior. O documento da USTL também solicita a valorização da negociação coletiva (com autonomia e sustentação financeira das entidades), pede esforço no combate do trabalho escravo e do trabalho infantil, e a promoção da saúde e segurança do trabalhador. Ao final, requer do ministro um debate sobre a redução da jornada de trabalho.
O ministro ressaltou que o esforço de “reconstrução” do Ministério envolve a participação do movimento sindical, de quem pediu apoio no reequilíbrio da relação Capital-Trabalho, “contaminada” hoje pela lógica da desregulamentação. “É o momento ideal de uma reforma sindical que fortaleça a capacidade de negociação”, comentou.